xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
A Carmem
La hermenéutica contemporánea sostiene que, existiendo la polisemia, la comunicación en general debe interpretarse del modo que al receptor le resulte necesario, sin atenerse a lo que, alguien suponga, estaría consignado en determinado texto o imagen.
Fenómeno que, de facto, ocurre en todo intercambio (verbo-corpo-sonoro-visual) puesto que no habría tal cosa como una interpretación verdadera o ajustada a un único significado, ni tampoco interpretaciones, absolutamente equivocadas, desarticulando, de esta manera, la idea de las verdades universales.
En términos de lecturas de la realidad, cada quien debe hacerse cargo de los propios contenidos (interiores) suscitados por el estímulo (exterior) del fenomeno que se presente ante su percepcion. Resultando, todo ello, del ejercicio de sus propias capacidades cognitivas y culturales.
AD
======================
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
“La hermenéutica consiste en un desafío directo a la teoría de la copia en la comunicación. Entender no es una reproducción de algún significado que le es propio, de alguna manera como contenido en el texto, siempre es una mediación entre el texto y el lector. De acuerdo a la hermenéutica, una comunicación exitosa necesariamente se lleva a cabo de manera que un agente entiende lo que se comunica de modo diferente al otro. Hablando estrictamente, la precisión no sólo resulta imposible sino que no es deseable”
Don Lavoie
“…Pues nos movemos- todos- en dos mundos: el mundo interior de nuestra conciencia y un mundo exterior de participación en la historia de nuestro tiempo y lugar. El científico y el historiador se ocupan del último, es decir, del mundo de las cosas “ahí afuera” donde las personas son intercambiables y el lenguaje sirve para comunicar información y mandatos. Los artistas creativos, por otra parte, despiertan a la humanidad al recuerdo: convocan a nuestra mente exterior al contacto consciente con nosotros mismos, no como participantes en aquel o este fragmento de la historia, sino como espíritu, en la conciencia del ser. Su tarea es, por lo tanto, lograr la comunicación directa desde un mundo interior a otro, de tal forma que se produzca una convulsión de la experiencia; no una mera transmisión de información o persuasión, sino la comunicación efectiva a través del vacío del espacio y el tiempo de un centro de conciencia a otro”.
==================================
NO OLHO MAGICO DO PUNCTUM
Fernando de Tacca
(de los comentarios de Carmem Salazar en el posteo anterior)
Punctum é o elemento que quebra, perturba, fere, mortifica, apunhala o Studium.
Studium é o espetáculo cultural, ou um inventário cultural. Aproximamos do studium pela descrição dos elementos da imagem, espaço da visualidade sempre codificado na qual identificamos a cultura, conotação das figuras, dos gestos, rostos, cenários, ou mesmo das ações. Enquanto pelo studium podemos perceber a ordenação cultural, o punctum anarquicamente propicia a desestruturação do senso comum e a desordem de qualquer racionalidade.
Barthes julga que a fotografia é inclassificável principalmente pelo fato de não se distinguir da ordem da referência, por trazer sempre colado consigo o seu referente, e coloca-se num impasse metodológico ao dizer honestamente que se encontra "cientificamente sozinho e desarmado", criando assim a porta de entrada para sua exploração subjetiva e pessoal da fotografia, que seria o traço fundamental e universal sem o qual ela não existiria. É aqui que devemos perceber o punctum, na ordem do inclassificável, como imponderável, incontrolável e inacessível para além das subjetividades interpessoais, ou aquilo que somente podemos vivenciar com uma determinada imagem, em determinado momento de nossas vidas.
Barthes identifica ainda um novo punctum, de intensidade e não de forma, mas da condição da gênese fotográfica, o conceito de tempo. Ao analisar a fotografia de A. Gardner na qual um condenado à morte está na ante-sala do enforcamento, Barthes lê: “ele vai morrer”, e também: “isso será e isso foi”. Passado e futuro, juntos, sintetizando o esmagamento do tempo na fotografia. O desarmamento barthesiano na sua aproximação com a imagem fotográfica coloca-nos em um verdadeiro buraco negro, ao qual somos tragados pelo discurso brilhante e envolvente, mas que em momento algum permite uma metodologia de análise da imagem.
Para Barthes, punctum é apenas um detalhe, com grau de parcialidade, no qual, cita-los como exemplos é uma forma de escancararmos nossa intimidade mais protegida. Seus possíveis conceitos estão impregnados de subjetivismo pessoal na leitura da imagem, deixando-nos órfãos de uma aproximação analítica reproduzível. O próprio autor não se propõe diretamente a isso e tentar encontrar algum modelo em Barthes é insegurança e um grau de oportunismo de quem nunca esteve desarmado frente a uma imagem desafiadora que pode revelar sua verdadeira alma.
Que os ingênuos tenham cuidado, leiam muitas vezes o livro e quando encontrarem algum punctum, que o experenciem profundamente e o guardem para si. Encontrar um punctum é como encontrar uma espécie de aleph borgesiano, o ponto mínimo no fundo de um porão amigo que permite uma ponte para o conhecimento humano como um todo, e no caso do punctum de um singelo portal para o auto-conhecimento, um olho mágico para dentro de si mesmo. Permitirmos a essa magia é entendermos a vibração extasiante do fotográfico.
Barthes explicita sua angústia no final no livro:
"Louca ou sensata? A fotografia pode ser uma ou outra: sensata se seu realismo permanece relativo, temperado por hábitos estéticos ou empíricos (folhear uma revista no cabeleireiro, no dentista); louca, se esse realismo é absoluto e, se assim podemos dizer, original, fazendo voltar a própria letra do Tempo: movimento revulsivo, que inverte o curso da coisa e que eu chamarei, para encerrar, de êxtase fotográfico (…) cabe a mim escolher, submeter seu espetáculo ao código das ilusões perfeitas ou afrontar nela o despertar da intratável realidade."
BARTHES, Roland. A Câmara Clara. 7ªed – São Paulo: Nova Fronteira, 2000.
No hay comentarios:
Publicar un comentario